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terça-feira, 29 de março de 2011

A estreita "banda larga" no Brasil e a real banda larga no exterior

Quando você vive ou viaja por um tempo em outros países você começa a perceber o que tem de melhor e pior no seu país, ou, o que funciona e não funciona em seu país, comparando com estes países. Você percebe a diferença nos serviços, nos preços, etc.

Os serviços de telefonia e internet são básicos atualmente. É interessante reportarmos essas diferenças para que aqueles que nunca utilizaram-se de outro serviço diferente daquele que é ofertado no país, possam ter uma ideia.

Um breve exemplo é o da reportagem abaixo, mas vamos complementar estas informações a fim de levar ao público como nós brasileiros somos tratados pelas empresas de telefonia, e como os cidadãos dos países de origem destas empresas são tratados pelas mesmas.

Banda larga no Brasil é mais cara e pior, aponta estudo (29/03/2011)

Estudo divulgado ontem pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) constata que as empresas brasileiras ainda pagam um serviço de banda larga mais caro e de pior qualidade que suas concorrentes dos países desenvolvidos.

Esse quadro permanece, apesar da queda de preços registrada nos últimos dois anos, diz o estudo.
A conexão à internet em banda larga, por cabo, com velocidade de 1 Mbps custa, no Brasil, R$ 70,85 mensais, em média (US$ 42,73).

O mesmo serviço custa US$ 9,30 mensais (R$ 15,41) na Alemanha, US$ 12,40 (R$ 20,55) em Taiwan, US$ 28,60 (R$ 47,40) no Canadá, US$ 36 (R$ 59,66) na Suíça e US$ 40 (R$ 66,29) nos Estados Unidos, diz o estudo.

MINISTRO

O levantamento foi entregue ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, na presença dos presidentes da Oi, Luiz Eduardo Falco, e da Telefônica, Antônio Carlos Valente.
O ministro concordou que os preços são altos e disse que o governo está prestes a concluir um acordo com as teles que vai reduzir os preços e melhorar a velocidade de conexão.
"Não sou só eu. As torcidas do Flamengo e do Vasco também acham que os preços são altos", brincou o ministro Paulo Bernardo.

Para ele, as empresas podem oferecer serviço melhor e mais barato com a infraestrutura existente, e sem sofrer perdas.

O Ministério das Comunicações incluiu a expansão da banda larga na negociação do novo PGMU (Plano Geral de Metas de Universalização) da telefonia fixa, a ser anunciado em maio.
O estudo da Firjan constata que o custo médio mensal do acesso sem fio à internet, com velocidade de 1 Mbps, está em R$ 109,82 e é relativamente uniforme no Brasil.

Já o custo médio mensal de acesso fixo, por cabo, varia de R$ 57,40 por mês (em Alagoas e Espírito Santo) a R$ 429,90, no Amapá.

Para o presidente da Oi, os números da pesquisa já estariam defasados.
Chama a atenção no levantamento realizado pela Firjan o preço relativamente baixo da conexão com velocidade de 10 Mbps no Brasil (US$ 63,57 mensais, em média, ou R$ 105,40).
A mesma conexão de 10 Mbps custa mais em países desenvolvidos, como Estados Unidos (US$ 100, ou R$ 165,73), Canadá (US$ 88,9, R$ 147,33) e Reino Unido (US$ 82,9, R$ 137,39).

QUALIDADE BAIXA

Responsáveis pelas áreas de informática da Petrobras, Michelin, L'Oreal e Ipiranga criticaram a qualidade do serviço de banda larga das operadoras, durante o debate da Firjan.

A Petrobras disse que investiu na construção de redes de fibras ópticas próprias por falta de opção.

Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/895270-banda-larga-no-brasil-e-mais-cara-e-pior-aponta-estudo.shtml

P.S. do editor: Atente para a última frase,

"A Petrobras disse que investiu na construção de redes de fibras ópticas próprias por falta de opção."

É o cúmulo uma empresa ter que criar a sua própria rede, mas isto mostra o tamanho do problema, ou a falta de responsabilidade com o Brasil, por parte destas empresas. 

E dizem que a privatização era a salvação. 

Por exemplo: se a Vale investisse tanto no Brasil quanto a Petrobras investe (resguardadas as proporções), teríamos não apenas excelentes ferrovias, como inúmeros outros projetos receberiam investimentos e o país só teria a ganhar em infraestrutura e assim por diante.

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