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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Brasil fica em 84ª em ranking de desenvolvimento humano

Brasil fica em 84ª em ranking de desenvolvimento humano

02/11/2011 - 09h00 - Folha de São Paulo

O Brasil ocupa a 84ª posição no ranking do IDH 2011 (Índice de Desenvolvimento Humano), em uma lista que traz 187 países. O Brasil avançou uma posição em relação ao ano passado e tem desenvolvimento humano considerado alto, segundo o relatório divulgado nesta quarta-feira pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).

O IDH considera basicamente três aspectos: saúde, educação e renda. Para o Brasil, foram levados em conta os seguintes dados: 7,2 anos médios de estudo, 13,8 anos esperados de escolaridade, além de expectativa de vida de 73,5 anos. Em relação ao rendimento, foi registrada uma Renda Nacional Bruta per capita de US$ 10.162 (ajustados pelo poder de compra).

O IDH varia de 0 a 1 --quanto mais próximo a 1, melhor a posição do país no índice. Considerando a evolução do Brasil ao longo do tempo, o valor passou de 0,549 (em 1980) para 0,665 (em 2000), chegando neste ano ao patamar de 0,718.

Embora se enquadre na categoria de país com desenvolvimento humano elevado, o Brasil fica atrás de dez países da América Latina. Na região, apenas Chile e Argentina têm desenvolvimento humano considerado muito elevado.

TOPO DO RANKING

No ranking deste ano, a Noruega voltou a ocupar a 1ª posição da lista, seguida por Austrália e Holanda. Os Estados Unidos ficaram em 4º lugar. Todos esses países têm desenvolvimento humano considerado muito elevado, de acordo com o relatório apresentado pelo Pnud.

Na Noruega, por exemplo, a média de escolaridade é de 12,6 anos, enquanto no Brasil essa taxa fica em 7,2 anos.

Todos os dez últimos colocados no ranking estão na África. A República Democrática do Congo ocupa a última posição (187ª), com o menor índice de desenvolvimento humano, seguida por Niger e Burundi.

Nos últimos anos, cerca de 3 milhões de pessoas morreram vítimas da guerra na República Democrática do Congo, onde a esperança de vida ao nascer é de apenas 48,4 anos, segundo o relatório do Pnud.

AJUSTE

Desde o ano passado, o Pnud divulga também o IDH-D (o IDH ajustado à desigualdade). Esse índice contabiliza a desigualdade na distribuição de renda, educação e saúde. Alguns países têm pontos "descontados", como é o caso do Brasil. O IDH do Brasil neste ano é 0,718, enquanto o índice ajustado à desigualdade fica em 0,519.
Outro índice divulgado pelo relatório é o IDG (Índice de Desigualdade de Gênero), que se baseia em três pilares (saúde reprodutiva, autonomia e atividade econômica). No cálculo, são considerados dados como a mortalidade materna e a taxa de participação no mercado de trabalho.

Numa lista de 146 países, o Brasil ficou com a 80ª posição do IDG. Um dos aspectos que pesou foi o fato de o Brasil, segundo o relatório, ter apenas 9,6% dos assentos parlamentares ocupados por mulheres.

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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Município austríaco diminui 95% das suas emissões de CO2


17/10/2011 - 12h47 - Folha de São Paulo

Güssing, na Áustria, mudou a sua história nos últimos anos. Antes desconhecida e com problemas de desemprego e imigrantes e fuga de jovens para outras localidades europeias, esse município com 4.000 habitantes passou a ser referência em energia verde na Europa.

A cidade se tornou a única da União Europeia a reduzir, desde 1995, mais de 95% de suas emissões de CO2 (dióxido de carbono).

Os benefícios não são apenas ambientais. Güssing passou a receber 30 mil turistas por ano e também criou novos campos de emprego de alta qualificação, além de atrair investidores. Detalhe: ela está na região de Burgenland, uma das mais pobres da Áustria. 

Madeira utilizada como fonte principal para geração de eletricidade 
e biocombustível em Güssing, na Áustria

Comentário de leitor da Folha:

Hélio Shinsato (257) - em 17/10 às 14h42

Nos anos 90 Güssing não conseguia pagar a eletricidade (US$8 milhões). Peter Vadasz, recém-eleito prefeito em 92 ordenou que todos os prédios públicos tivessem energia alternativa. Desde então instalaram-se 50 empresas gerando +de 1000 empregos. A energia é gerada pelo sol, pó de madeira, milho e óleo de cozinha. Hoje geram 22MWh com excedente de 8MWh que é vendido ao sistema nacional, gerando lucro de 500 mil euros, que é reinvestido em energias alternativas. Leva tempo, mas é um ótimo exemplo. 
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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Vexame Pan-Americano da Record

Reclamam tanto da Globo e fazem a mesma coisa ou pior... Cobertura da TV Record dos jogos Pan-Americanos de Guadalajara:


Por Ale Rocha | Poltrona – seg, 24 de out de 2011 10:36 BRST

Neste domingo (23/10), o Brasil bateu a Argentina na final do torneio de handebol feminino dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara (México). A partida, que classificou a seleção para os Jogos Olímpicos de Londres (Inglaterra), em 2012, não foi exibida pela Record.

No lugar, o telespectador teve a oportunidade de presenciar um vexame. O Brasil foi eliminado logo na primeira fase do torneio de futebol masculino do Pan, após perder por 3 a 1 para a Costa Rica.

Aliás, este não foi o único vexame da noite. Nem do dia. A cobertura dos Jogos Pan-Americanos pela Record é lamentável. A emissora, que tanto critica a Globo, repete os erros da concorrente. Paga cerca de US$ 10 milhões pelos direitos exclusivos de transmissão da competição, desloca dezenas de profissionais para o México, bate no peito cheia de orgulho e exibe tudo mal e parcamente.

No sábado (22), a Record preferiu levar ao ar Rodrigo Faro imitando a Wanessa Camargo enquanto atletas brasileiros asseguravam duas medalhas de ouro na vela (Matheus Dellagnello, na Sunfish; e Patrícia Freitas, na RS:X feminina) e uma de bronze (Joice Silva, na luta olímpica). A programação não foi interrompida nem para um boletim de plantão. É "O Melhor do Brasil" que se tem para oferecer.

No domingo, entre 10h e 14h, reprises de competições realizadas ao longo da semana, inclusive mais uma da final feminina do vôlei entre Brasil e Cuba. É o novo "Pica-Pau" da emissora. O "Todo Mundo Odeia o Chris" da ocasião.

Enquanto isso, no México, atletas brasileiros competiam no triatlo, basquete feminino, marcha atlética, luta olímpica e polo aquático. De novo, nada ao vivo.

Vá lá, não dá para exibir tudo. Convenhamos, nem todo esporte tem apelo de emissora aberta. Contudo, fazer diferente é obrigação de quem se apresenta como alternativa ao status quo.

A Globo é criticada por todos. Com razão. Compra os direitos de exibição de diversas competições para engavetá-los, para exibir nas coxas, para alimentar nossa lamentável cultura esportiva, que só valoriza o futebol e, quando muito, outras modalidades que têm brasileiros na ponta. Porém, o descaso da Band com a Fórmula Indy e as trapalhadas da Record com o Pan de Guadalajara mostram que a exclusividade é a melhor amiga da preguiça. Sem concorrência, não há esforço. O telespectador que se dane.

Me siga no Twitter: @alerocha

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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Inquérito sobre PanAmericano mostra doações ocultas a partidos

Quanto mais reviram, mais "relações" interessantes encontram:


20/10/2011 - 09h33 - Folha de São Paulo

Entre as peças mais explosivas do inquérito da Polícia Federal que apura o socorro ao PanAmericano, está um relatório de auditoria sobre "doações ocultas a partidos políticos", informa o "Painel", editado por Renata Lo Prete, e publicado na Folha.


Os investigadores alimentaram essa pasta com e-mails em que executivos do banco falam abertamente de negócios fechados e em tratativas com lideranças dos três maiores partidos do país: PT, PMDB e PSDB.

Numa das mensagens, de 2009, Guilherme Stoliar, sobrinho e braço-direito de Silvio Santos, afirma que o tio "ficou de boca aberta" ao saber dele quais eram "os amigos" que ajudariam a concretizar a venda de parte do banco à Caixa Econômica Federal.

Os e-mails em poder da PF revelam, também, que o PanAmericano estava preparado para bater à porta do Banco do Brasil caso a transação com a Caixa, selada no final de 2009, não tivesse sido concretizada.

Em novembro de 2010, menos de um ano após a aquisição, veio à tona um rombo de R$ 2,5 bilhões --mais tarde recalculado para R$ 4,3 bilhões--nas contas do banco de Silvio Santos.

O escândalo foi um dos motivos que levaram à troca de quase todo o primeiro escalão da Caixa na passagem do governo Lula para Dilma.
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Comentários de internautas na Folha:

Afonso Beraldi (182)(10h46)

"É!! Como as coisas são interessantes e interesseiras. Quando FHC criou o PROER para socorrer bancos em dificuldades e prevenir futuros problemas no mercado financeiro, a oposição (diga-se PT) veio com tudo chamando-o de entreguista, vendilhão, capacho de banqueiros, e por aí vai. O valor na época foi de algo em torno de R$2,5bi. Turma de comunista bu-rra!! Só em dois bancos, o PT torrou mais de R$10bi."

PT treina 'patrulha virtual' para atuar em redes sociais (e sites de jornais e revistas)

É pelo visto, quanto mais o tempo passa mais spams receberemos durante as eleições... de todos os partidos, ai ai.


18/10/2011 - 09h37 - Folha de São Paulo

O PT vai montar uma "patrulha virtual" e treinar militantes para fazer propaganda e criticar a imprensa em sites de notícias e redes sociais como Twitter e Facebook.

O partido quer promover cursos e editar um "manual do tuiteiro petista", com táticas para a guerrilha na internet. A ideia é recrutar a tropa a tempo de atuar nas eleições municipais de 2012.

"Vamos espalhar núcleos de militantes virtuais por todo o país", promete o petista Adolfo Pinheiro, 36, encarregado de apresentar um plano de ação amanhã ao presidente da legenda, Rui Falcão.

Os filiados serão treinados para repetir palavras de ordem e usar as janelas de comentários de blogs e portais noticiosos para contestar notícias "negativas" contra o PT.

"Quando sai algo contra um governo petista, a mídia faz escândalo, dá página inteira no jornal. Temos que ir para cima", diz Pinheiro.

"Nossa única recomendação é não partir para a baixaria e manter o nível do debate político", afirma ele.

A criação dos chamados MAVs (núcleos de Militância em Ambientes Virtuais) foi decidida no 4º congresso do partido, em setembro.

O encontro foi marcado por ataques à imprensa e pela defesa da "regulamentação dos meios de comunicação".

O militante à frente do projeto atuou na campanha de Aloizio Mercadante ao governo paulista em 2010.

No mês passado, tentou articular um ato contra a revista "Veja" após a publicação de reportagem sobre o ex-ministro José Dirceu.

Os petistas dizem que a nova ferramenta também poderá ajudar seus candidatos a enfrentar boatos na rede com maior rapidez.

"No ano passado, demoramos demais a rebater calúnias contra Dilma [Rousseff] sobre aborto e luta armada", afirma Pinheiro.
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Aluno de universidade de classe média está sem freio, diz docente

Isto também vale para muitos alunos de universidades públicas:


19/10/2011 - 09h35 - DO LEITOR ARI MACEDO - OSASCO (SP) - Folha de São Paulo

Estou indignado com os jovens estudantes brasileiros. Sou professor de uma universidade privada, que atende universitários de classes C, D e E, há nove anos e vejo, que a cada semestre, uma legião deles está menos preocupada com o conhecimento.

O que importa mesmo é o diploma. Não sou tão velho assim, tenho 36 anos, mas nunca desrespeitei um professor --seja na universidade, seja no próprio colégio.

Por mais que prepare as aulas com dedicação, permanentemente preciso chamar a atenção dos alunos.

Certo dia, lecionando em uma sala com microfone, um grupinho fala mais alto do que eu. Imagine.

Conversas paralelas em tom alto, intervenções grosseiras, atendimento de celular em sala, são recorrentes no ensino superior. Vejo que a indignação não é só minha, mas de vários colegas da mesma universidade e de outras.

Quando o professor pede que o aluno saía da sala por indisciplina, são recorrentes dizeres como "eu pago e você dá aula" ou "sai você".

E se o professor sair da sala, é bem provável que os alunos recorram à ouvidoria da universidade.

Na segunda-feira, uma aluna me chamou de "cavalo" só porque chamei a sua atenção durante a aplicação da prova, pois ela tentava "colar".

Outro aluno da mesma sala me disse, ainda durante a prova: "Se você reprovar mais de 70% da classe, o problema não é mais dos alunos, é do professor".

A juventude brasileira está sem freios. Não sabem mais a distinção do certo ou errado. Isso me desanima.

Escolhi lecionar porque acreditava que poderia transmitir o conhecimento. Digo, agora com mais certeza, de que nós professores somos uma classe em extinção e sem mérito nenhum.
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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O domínio do português é um diferencial no trabalho

Como hoje tudo é "preconceito", e apareceu até o tal de "preconceito linguístico" a ser combatido no tal livro polêmico autorizado pelo MEC (aquele do "nóis pega o peixe").


Reproduzo aqui uma parte de um texto que li num blog:


... a professora Liana Aureliano , diretora da FACAMP, contou a seguinte história:

Um jardineiro da FACAMP entrou na escola pública porque queria subir na vida.

No primeiro dia de aula, corrigiu um colega ao lado, que disse uma barbaridade do tipo “nós vai”.

A professora não gostou e o advertiu.

Disse que aquela era a língua falada, que tinha tanto valor quanto a culta.

O jardineiro respondeu:

“Então eu vou embora. A língua falada eu aprendi lá no interior da Bahia. Eu vim aqui para aprender a culta”.

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Espanha: Empresa acusada de obrigar funcionárias a por cartaz no pescoço para ir ao banheiro

Quando pensamos que a coisas podem melhorar, com tanto investimento, pesquisa, informação neste mundo moderno, vemos que há quem trabalhe para piorá-la.

Brasil, nem tão ruim assim:


05/10/2011 - 05h37  - BBC Brasil - via UOL

Funcionárias de uma empresa na província de Múrcia, na Espanha, entraram na Justiça após serem obrigadas a pendurar um cartaz no pescoço, com a palavra banheiro, toda vez que precisavam ir ao lavabo.

Segundo a queixa, encaminhada nesta terça-feira ao Ministério do Trabalho, o regulamento da fábrica de embalagens El Ciruelo, da província de Múrcia (sudeste do país), estabeleceu três regras para controlar o tempo das funcionárias.

As supervisoras devem impedir consumo excessivo de líquido durante o expediente, para evitar idas frequentes ao banheiro. As mulheres também não podem demorar mais de cinco minutos no lavabo. A terceira regra estabelece o uso de um cartaz pendurado no pescoço.

Segundo a Federação Agroalimentar das centrais sindicais União Geral dos Trabalhadores e Comissões Operárias, a denúncia foi apresentada por duas trabalhadoras demitidas por se recusarem a acatar as normas de uso do banheiro.

'Semáforo'
Segundo as denunciantes, o tempo de permanência no banheiro é controlado por um aparelho que registra as impressões digitais.

As cerca de 200 funcionárias da fábrica de embalagens de frutas precisam retirar o cartaz com a supervisora toda vez que vão ao lavabo. O aviso pendurado no pescoço mostra de forma clara e visível a palavra banheiro com o desenho de um semáforo de trânsito.

Para o secretário-geral da UGT de Múrcia, Antonio Jiménez, a norma da fábrica é "uma vergonha, uma violação dos direitos dos trabalhadores e uma humilhação enorme para as trabalhadoras". A medida é restrita apenas às mulheres.

Em nota à imprensa, o sindicato diz que "não vai consentir nenhuma atuação tão vexatória e discriminatória e vai levar este caso até as últimas consequências".

As funcionárias têm meia hora de descanso não remunerado e o expediente chega a durar 12 horas diárias. As mulheres relatam ainda sofrer ameaça de descontos na folha de pagamento se demorarem mais de cinco minutos no banheiro.

A denúncia será investigada por inspetores do Ministério do Trabalho. A companhia El Ciruelo não quis fazer declarações.
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France Télécom: delírio financeiro e funcionários suicidas

Nem sempre empresas em países desenvolvidos tratam melhor seus funcionários. Atendimentos em telemarketing e coisas do tipo são ruins em diversas partes do mundo (ou talvez no mundo todo).


OperaMundi - 18/12/2009 - 13:52 | Erika Campelo | Paris

Ambiente de trabalho cruel, desrespeito profissional e metas irreais são algumas das causas dos 34 suicídios em dois anos na empresa, como explica Ivan du Roy em livro sobre o caso

Na última segunda-feira (14), na França, foi apresentado um estudo sobre as condições de trabalho na companhia telefônica France Télécom, na qual, em dois anos, 34 funcionários se suicidaram. A pesquisa, da qual participaram 80 mil empregados, aponta que há um mal-estar generalizado na empresa. A descrição é dura: "Ambiente de trabalho tenso, quase violento; condições de trabalho difíceis; fragilização da saúde psicológica e mental de alguns empregados e um grande sentimento de insatisfação".

O fenômeno, que o país não conhecia, foi analisado por Ivan du Roy no livro "Orange Stressé" ("Laranja Estressada", em tradução livre, referência à operadora de celular da empresa, Orange), lançado em setembro. O livro já vendeu mais de 15 mil exemplares e analisa o processo de privatização da empresa e a lógica comercial estafante que se dissemina cada vez mais na França.

Nesta entrevista ao Opera Mundi, ele fala do suicídio dos funcionários e de por que o trabalho é tão importante na vida dos franceses. 

Como você explica a onda de suicídio dos funcionários da France Télécom?
A França, como outros países europeus, sempre teve um modelo econômico e social equilibrado entre a economia de mercado (setor privado) e o grande setor público, considerado de interesse geral: os transportes, a energia, a telefonia, a saúde e a educação. Há uma década, o país começou um processo de privatização do setor público. Hoje se concretiza todo o processo de regulamentação contra as telecomunicações. Essa privatização é ilustrada pela invasão de lógicas financeiras em toda a economia. São essas lógicas do lucro e da rentabilidade econômica que pesam em cima do trabalho de cada funcionário, tanto do setor público quanto do privado. Os suicídios dos últimos meses mostram como o delírio financeiro exerce uma pressão sobre os trabalhadores e transforma as condições de trabalho. 

O processo de privatização da France Télécom foi diferente das outras estatais?
A France Télécom foi a primeira estatal a ser privatizada. Até os anos 90, a empresa fazia parte da grande estatal PTT (que unia correios e telefonia). A PTT tinha por missão permitir a cada cidadão francês o acesso aos correios, ao serviço bancário e às telecomunicações a um preço razoável. Em 1991, a empresa foi dividida em duas: Correios e France Télécom.

A partir desse momento, o processo de privatização da France Télécom foi progressivo. Em 1996, a empresa mudou de estatuto, virou uma sociedade anônima. Durante oito anos, o Estado vendeu suas ações e, em 2005, já detinha menos de 50% do capital. Na época, o ministro da Economia era Nicolas Sarkozy, atual presidente francês. 

Qual foi a influência da política europeia nesse processo?
Na Europa, o setor das telecomunicações foi o primeiro a ser aberto à concorrência. As grandes estatais europeias, como a Telefónica da Espanha, a Deutsche Telekom da Alemanha e a Telecom Italia também foram privatizadas. Essas empresas poderiam estar trabalhando juntas. Porém, em vez disto, elas viraram concorrentes. É uma concepção estranha da comunidade europeia. Hoje em dia, as empresas se enfrentam em uma guerra comercial permanente. Na Argentina, por exemplo, France Télécom e Telefónica são as duas grandes empresas de telefonia rivais. E o mais paradoxal ainda é o fato que as estatais que foram privatizadas por último, hoje, são as empresas líderes do mercado europeu.

Como os empregados da France Télécom viveram essa privatização? Você acredita que ela influenciou os suicídios?
No caso da France Télécom, a privatização foi traduzida pelos empregados como uma reestruturação. Só para se ter uma ideia, em 1996 a estatal tinha 165 mil funcionários; hoje, tem 100 mil. Em dez anos, 70 mil pessoas foram forçadas a partir. A maioria dos empregados eram técnicos. Hoje todos os cargos são voltados para o setor comercial e de vendas. Milhares de empregados foram obrigados a mudar de profissão. A empresa tinha funcionários em todo o país. Várias agências fecharam e os funcionários foram obrigados a mudar de cidade. Durante anos, os empregados tiveram que se adaptar a essa restruturação. Isto criou um sentimento de incertidão, de estresse. Eu encontrei pessoas que em dois anos mudaram cinco vezes de lugar de trabalho; quer dizer, de escritório, de colega, de chefe. Pior ainda, a média de idade é de 48 anos. A grande maioria dos empregados entrou na empresa quando ainda era estatal. Esses funcionários têm mais de 15 anos de serviço, uma forte ligação afetiva e um longo engajamento na empresa. Eles consideram que a profissão exercida tem um sentido social.

Passando de uma cultura de serviço público para uma cultura comercial, todo esse sentido que eles davam ao trabalho se perdeu. E essa é uma das principais causas de sofrimento, de depressão que, em casos extremos, leva ao suicídio. Um professor francês se afasta por doença uma média de 11 dias por ano. A média nacional é de 9 dias e a média de um empregado da France Télécom é de 20 dias por ano. 

No seu livro, você fala de gestão pelo estresse. Quais foram os métodos adotados pela direção da France Télécom?
Imagine um técnico de 50 anos de idade transferido para trabalhar em um call-center para vender assinaturas de celular. Ele sente que sua carreira regrediu. É humilhante. Nesses centros, cada vez que você vai ao banheiro, tem que apertar um botão para prevenir o gerente. E só tem direito a passar 10 minutos por dia no banheiro. Os funcionários são vigiados e controlados todo o tempo. Esses mesmos funcionários se encontram em contradição entre fazer um bom trabalho e terem alto índice de produtividade. Uma espécie de sofrimento ético se instala.

Porque algumas pessoas chegaram ao extremo de cometer suicídio?
Porque as instituições representativas dos empregados (comitê de empresa, sindicatos) não são mais capazes de atender à demanda. O diálogo social não existe mais. Os sindicatos estão cheios de problemas de estresse. A gestão da empresa que individualiza e isola o empregado resulta em que, quando um funcionário não consegue mais atender aos objetivos de rendimento, ele se encontra sozinho, isolado. Os suicídios são a consequência desse isolamento, e é a única maneira que alguns empregados encontraram para manifestar seu sofrimento - às vezes, em nome dos outros. Um funcionário que se suicidou no dia 1° de agosto deixou uma carta, dizendo: "Espero que meu gesto sirva de alguma coisa".
 
Como a direção da empresa reagiu?
Os diretores da empresa durante muito tempo negaram o fato. A cada novo suicídio, eles diziam que era um drama pessoal. Assim, eles não se responsabilizavam. O problema da organização do trabalho e do sofrimento que pode exercer não era questionado. A reação da diretoria foi totalmente individual, como colocar à disposição dos funcionários um psicólogo. Nenhuma política de prevenção foi feita. Didier Lombard, presidente da empresa, falou que havia uma "moda do suicídio". Essa reação mostra como a direção está desconectada da realidade que seus funcionários vivem.

E o que o governo francês está fazendo?
O Estado ainda é acionário da empresa, com mais ou menos 25% das ações. Tem representantes no conselho de administração. A pergunta é: o Estado é um acionário como outro qualquer, que deve arrecadar os lucros no final do ano e pronto? Em outubro, o governo forçou a diretoria da empresa a aceitar negociar com os sindicatos. Vamos ver como essas negociações terminarão. As negociações são lentas, teremos respostas em janeiro. De qualquer maneira, o governo demorou muito a reagir.
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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Brasil tem internet mais lenta que Haiti, em média, diz estudo

Eu já sabia que internet no Brasil era em geral lenta, mas não espera que fosse tão ruim. No entanto, não duvido deste estudo:


22/09/2011 - 07h51 - Folha de São Paulo

O Brasil é o 163º em um ranking da média da velocidade da internet publicado pela Pando Networks. A velocidade média da conexão no Brasil é de 105 KBps (quilobytes por segundo), o que o coloca atrás de países como Níger, Haiti, Etiópia, Angola, Paquistão e Papua-Nova Guiné.

(Mapa da velocidade da internet no mundo divulgado pela Pando; quanto mais clara a cor, mais lenta a conexão)

A cidade de Itapema, em Santa Catarina, tem a segunda conexão média mais lenta entre todas as cidades do mundo avaliadas: 61 KBps. Algiers, na Argélia, é a cidade com conexão mais lenta no mundo (56 KBps).

A Coreia do Sul é o país com conexão média mais rápida: 2,2 MBps. A Romênia ficou em segundo lugar, com 1,9 MBps. Três outros países do leste europeu vêm na sequência: Bulgária (1,6 MBps), Lituânia (1,5 MBps) e Letônia (1,4 MBps).

A lista, no entanto, não é composta apenas por países. O 49º lugar, por exemplo, é denominado "Anonymous Proxy", e o 137º, "Satellite Provider" --referem-se, provavelmente, a conexões realizadas por meio de proxy e provedor via satélite cujo país de origem não pôde ser identificado.

A média mundial de velocidade de conexão à internet, de acordo com o estudo, é de 508 KBps. Nos Estados Unidos, a média é de 616 KBps. Na China, de 245 KBps.

O estudo se baseou em 27 milhões de downloads feitos a partir de 20 milhões de computadores no mundo.
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Governo reduz tributo da gasolina, mas diz que preço não cairá


27/09/2011 - 09h06 - REUTERS via Folha de São Paulo

Preocupado com o aumento do preço da gasolina --e a pressão sobre a inflação--, o governo publicou nesta terça-feira decreto reduzindo a cobrança da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre o combustível dos atuais R$ 0,23 por litro para R$ 0,19 por litro.

O tributo incide sobre a importação e comercialização de petróleo, gás natural e derivados.

Na prática, a redução servirá para manter o preço cobrado do consumidor nos patamares atuais. Isso porque, a partir de 1º de outubro, a quantidade de álcool misturado na gasolina será reduzida. Como a gasolina é mais cara, isso levaria a um aumento de pelo menos R$ 0,04 por litro, o que será neutralizado com a redução do tributo.

O secretário de Acompanhamento Econômico, Antônio Henrique Silveira, negou que a medida tenha como objetivo dar uma margem maior de lucro à Petrobras, que vem tendo os preços pressionados por conta da alta do dólar.

A redução no tributo acontece em um momento em que a Petrobras aumenta a importação de gasolina para atender a demanda interna. Na véspera, o diretor de abastecimento da estatal afirmou que a companhia deve encerrar 2011 com uma média diária de importação de 30 mil barris de gasolina ante uma média de 7.000 em 2010.

"Não foi considerado o problema de margem da Petrobras ou de importação nesse decreto. Estamos preocupados única e exclusivamente em manter neutralizado o preço da gasolina", afirmou.

Com a medida, o governo deixará de arrecadar R$ 50 milhões até o fim do ano.

Pelo decreto, o valor da Cide sobre a gasolina caiu para R$ 192,60 por metro cúbico --ou R$ 0,1926 por litro. O texto altera decreto de abril de 2004, que estabelecia como valor do tributo como R$ 230 por metro cúbico (R$ 0,2300 por litro), no caso da gasolina.

MISTURA

Em agosto, o governo decidiu reduzir de 25% para 20% o teor de álcool anidro misturado à gasolina vendida nos postos do país a partir de outubro.

A medida foi tomada para tentar evitar a falta de etanol no mercado. O governo espera que, com mais álcool no mercado --já que o percentual de mistura obrigatório na gasolina irá diminuir--, não haja risco de desabastecimento. Ao mesmo tempo, espera-se redução no preço do litro da gasolina.
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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Da série "mentiras repetidas mil vezes" - pontos positivos sobre o Brasil

Interessante, vi neste blog: 

http://planetaignis.blogspot.com/

Vamos acabar com a lavagem cerebral negativa sobre o Brasil:


Da série "mentiras repetidas mil vezes":

- o Brasil tem alto custo trabalhista -

A Fiesp falou demais e confessou que é mentira. Leia mais aqui.

- a Previdência tem um rombo -

Essa mentira foi desmascarada por vários especialistas. Por exemplo, aqui:

- o Brasil tem alta carga tributária -

Recentemente, reportagem do UOL (do UOL!) mostrou que na indústria automobilística, por exemplo, o chamado "custo Brasil" é, na verdade, "lucro Brasil". Os empresários lucram 4 a 5 vezes mais aqui do que nos países de origem das montadoras. Leia mais aqui e fique chocado e indignado.

- o Brasil tem muitos feriados -

É só ir ao Google e comparar com outros países para constatar que isso é mentira. Se der preguiça, clique aqui.

Coincidentemente, todas essas mentiras são favoráveis aos empresários e contra os trabalhadores.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Raízes do atraso brasileiro

   
Wanderley de Souza
O Globo - 15/08/2011 - via JC
 
Wanderley de Souza é professor titular da UFRJ, diretor de Programas do Inmetro, é membro da Academia Brasileira de Ciências e da Academia Nacional de Medicina.
 

Site contesta estatísticas de crimes contra homossexuais - com números

Interessante, uma dica que vi no blog:
(sim gente, eu leio blogs de direita,  esquerda, centro, e o que mais existir)

que apresenta o seguinte texto:
"O site "Homofobia Não Existe" decidiu analisar as estatísticas de "assassinatos contra homossexuais", apresentadas pelo Grupo Gay da Bahia, e constatou que há um enorme exagero nas mesmas. Em primeiro lugar, no caso de assassinos conhecidos, 65% dos assassinatos contra gays são praticados por outros gays. Além disso, muitos gays se encontram em situações de risco, como prostituição, uso de drogas etc.

Como exemplo, para o ano de 2011, dos 64 casos de assassinatos contra gays, apenas 1 é associado ao ódio. 27 são desconhecidos, 2 são clientes de prostituição, 1 foi cometido por garoto de programa, 5 por drogas, 1 por briga, 2 por dívidas, 2 por furtos, 6 por latrocínio, 3 por vingança, 2 por sexo casual e 12 por companheiros de relacionamento. No geral, sem contar os 27 casos em que o autor é desconhecido, 24 casos de assassinatos de gays são cometidos pelos próprios gays, contra apenas 1 caso de assassinato por ódio."

Vale a pena conferir o site: http://homofobianaoexiste.wordpress.com

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Brasil só fica atrás da China em expansão de investimento em dívida estadunidense

"Dados do Tesouro americano divulgados nesta segunda-feira mostram que o Brasil foi o país que registrou o segundo maior aumento em aplicações em títulos do governo dos Estados Unidos no último ano, somente atrás da China."

Isto não parece ser uma boa notícia, porque a maior parte de nossas reservas internacionais estão em títulos estadunidenses. Qualquer calote nos afetará e muito.


Brasil só fica atrás da China em expansão de investimento em dívida americana

Alessandra Corrêa - Da BBC Brasil em Washington
Atualizado em  19 de julho, 2011 - 06:51 (Brasília) 09:51 GMT

O dado é divulgado em um momento em que cresce a tensão quanto ao risco de calote por parte dos Estados Unidos, caso o Congresso não chegue a um acordo para elevar o teto da dívida pública do país até o prazo de 2 de agosto.

Em maio, último dado disponível, o Brasil tinha US$ 211,4 bilhões (cerca de R$ 333 bilhões) aplicados em títulos do governo americano, valor que representa crescimento de 30,89% em um ano e mantém o Brasil como quinto maior credor externo dos Estados Unidos – atrás de China, Japão, Grã-Bretanha e um grupo de países exportadores de petróleo.

Entre os 10 principais credores, o Brasil foi o que registrou o segundo maior crescimento entre maio de 2010 e maio de 2011. No mesmo período, a China aumentou em 33,6% sua compra de papéis do governo americano, chegando a US$ 1,16 trilhão, mais de um terço de suas reservas internacionais.

No caso do Brasil, o valor aplicado nesses títulos representa quase dois terços das reservas internacionais, de US$ 340 bilhões.

O aumento das aplicações brasileiras em títulos do Tesouro americano vem acompanhando o crescimento das reservas do país. Em dezembro de 2004, com as reservas brasileiras em US$ 50 bilhões, o país tinha um total de US$ 15,2 bilhões em títulos da dívida americana. Em dezembro de 2007, quando as reservas já chegavam a US$ 178 bilhões, as aplicações em títulos estavam em US$ 129,9 bilhões.

Investimento seguro

Maio foi o segundo mês de aumento consecutivo no valor investido pelo Brasil em títulos do Tesouro americano. De março a abril, o montante já havia crescido de US$ 193,5 bilhões para US$ 206,9 bilhões.

A mesma tendência de crescimento foi registrada entre outros grandes credores, como a China, apesar de o governo americano ter anunciado em 16 de maio que os Estados Unidos haviam atingido o limite legal de endividamento público, de US$ 14,3 trilhões, e que, caso esse teto não seja elevado até 2 de agosto, irão ultrapassar o limite e, pela primeira vez, poderá deixar de cumprir seus compromissos financeiros.

Segundo analistas, essa tendência pode indicar que, apesar das preocupações com um possível calote dos Estados Unidos – expressadas não apenas pelo governo mas também pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) e por agências de classificação de risco, em meio às dificuldades de um acordo entre democratas e republicanos no Congresso para elevar o teto da dívida –, os papéis do Tesouro americano ainda são considerados um investimento seguro.

"Os Estados Unidos não vão perder seu status de porto seguro por causa de uma ultrapassagem de curto prazo do teto da dívida", disse à BBC Brasil o economista Gregory Daco, da consultoria IHS Global Insight.

Risco

Assim como outros economistas, Daco aposta em um acordo antes de 2 de agosto, evitando que os Estados Unidos deixem de cumprir seus compromissos financeiros.

No entanto, o impasse no Congresso já levou as principais agências de classificação de risco a alertarem sobre a possibilidade de rebaixamento da nota dada aos Estados Unidos (atualmente é "AAA", a mais alta existente), atestado de que um país tem grande capacidade de cumprir seus compromissos financeiros.

A Standard & Poor's e a Moody's já haviam colocado a nota dos Estados Unidos em revisão, com risco de rebaixamento caso o Congresso não autorize o aumento do teto da dívida. Nesta segunda-feira foi a vez da agência Fitch avisar que, "na hipótese pouco provável de o teto não ser elevado antes de 2 de agosto", colocará a classificação do país em observação negativa.

Diante dessa movimentação toda, a China já se manifestou na semana passada, dizendo esperar que o governo americano adote "políticas responsáveis" para garantir o interesse dos credores.

Segundo o economista da IHS, mesmo que o teto da dívida não seja elevado a tempo e a classificação dos Estados Unidos realmente seja rebaixada, é difícil calcular o efeito entre os credores, apesar do impacto "muito negativo" na economia americana.

"Os investidores teriam de encontrar alternativas para aplicar seu dinheiro", diz Daco. "No caso do Brasil, quinto maior credor, não acredito que iria simplesmente retirar suas aplicações nos títulos do Tesouro de uma hora para outra."

"Uma solução seria reorientar esses investimentos para ativos mais seguros. Eu poderia citar investimento em ouro ou em títulos de outros países, como a Alemanha", diz o analista.

No entanto, em um momento em que países europeus enfrentam uma crise de dívida e de credibilidade, muitos deles com seus ratings já rebaixados ou sob ameaça, torna-se mais difícil encontrar alternativas.

Crescimento

O analista da IHS diz acreditar que, na hipótese "improvável" de o teto da dívida não ser elevado até 2 de agosto, isso seria feito imediatamente depois, resolvendo o problema no curto prazo.

E mesmo em meio às dúvidas e ao impasse no Congresso, Daco diz apostar que os investimentos em títulos do Tesouro americano vão continuar a registrar crescimento quando forem computados os dados de junho. "Em julho, vamos ver o que acontece. Mas minha tendência é dizer que não deve haver grande mudança."

Segundo o economista, o ritmo lento da recuperação da economia americana após a crise mundial, aliado às recentes tensões em países do Oriente Médio e do norte da África e à crise de dívida na Grécia e em outras economias europeias, contribuíram para uma atmosfera de incerteza no mercado financeiro. E em períodos assim, diz Daco, títulos do Tesouro são considerados a alternativa mais segura.

"Isso tudo levou os investidores a buscarem segurança nos títulos do Tesouro americano", afirma o analista.

"Neste momento, os investidores não estão preocupados com o teto da dívida. Eles estão mais preocupados com o crescimento (da economia americana)", diz.
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Boa notícia: Brasil supera Índia em lista de inovação

Aos poucos vamos testemunhando melhoras no país. 

Há muito o que melhorar, mas, não estamos parados. No entanto, em países continentais, lembre-se, as mudanças sempre levam décadas para acontecer.


Brasil supera Índia em lista de inovação

20/07/2011 - 08h20 - Folha de São Paulo
GABRIEL BALDOCCHI - COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Brasil avançou 21 posições no ranking mundial de inovação de 2011 elaborado pela Confederação da Indústria da Índia em parceria com o instituto de administração europeu Insead e a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Wipo, na siga em inglês).

A alta no ranking representa mais uma recuperação de uma queda do que uma grande evolução. Em 2009, o país ocupava a posição de número 50 na lista das 125 nações. Caiu para o 68º lugar no ano passado e voltou a subir neste ano, para o posto de 47.

Ficou à frente de Rússia e Índia, perdendo apenas para a China no grupo dos Brics. Suíça e Suécia lideram o ranking neste ano.

A classificação é feita a partir da ponderação de mais de 50 indicadores, agrupados em dois subitens.

Uma divisão reúne informações sobre o ambiente de inovação, com dados desde educação e infraestrutura até a incidência de impostos.

Na outra ponta aparecem os resultados no campo da inovação. São dados como produção de patentes, artigos científicos e exportação de bens criativos.

O Brasil vai melhor nessa segunda área. Enquanto o país foi o 32º nos resultados, figurou o 68º lugar na lista por ambiente de inovação.

A relação entre os dois deu destaque ao país, que ficou na 7ª posição na classificação de eficiência. Significa dizer que o Brasil conseguiu um bom saldo na área de inovação com um ambiente ainda desfavorável.

A parte dos resultados é também a que gerou a oscilação de posições nos últimos anos. Nesse subítem, o país ganhou mais de 40 posições de 2010 para este ano. Boa parte da explicação para tamanha mudança está na incorporação de novos indicadores, como a produção nacional de filmes, que passou a ser considerada neste ano.

INDICADOR

Roberto Nicolsky, diretor-geral da Protec (Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica), questiona a liderança do Brasil em relação à Índia. Para ele, a grande variação do país sugere a ineficiência do indicador.

A Índia perdeu posições por conta de seus indicadores de ambiente para inovação. No item capital humano, que reflete políticas educacionais, o país caiu mais de 60 posições em um ano.

Nicolsky cita o deficit de serviços e produtos de alta tecnologia e média-alta tecnologia como justificativa. A cifra saiu de US$ 20 bilhões em 2006, para mais de US$ 80 bilhões em 2010.

O presidente da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica, Luiz Antônio Antoniazzi, avalia que houve uma melhora na cultura de inovação e cita a exigência de conteúdo nacional para o setor de petróleo como exemplo de política de incentivo. Ainda assim, ele afirma não ser possível comparar Brasil e Índia. 

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Mundo: Venezuela tem a maior reserva de petróleo no mundo, diz Opep - E o pré-sal?


Será que a OPEP levou em conta o pré-sal? 

Esta não deveria ser uma pergunta dos repórteres da Folha? Reservas comprovadas do Brasil? Tem ou não tem as partes do pré-sal? Até leilão com o pré-sal já foi efetuado.


Venezuela tem a maior reserva de petróleo no mundo, diz Opep

18/07/2011 - 18h08 - Folha de São Paulo

A Venezuela ultrapassou a Arábia Saudita em tamanho de reservas confirmadas de petróleo cru em 2010, conforme informou relatório anual da Opep (Organização do Países Exportadores de Petróleo).

Segundo o documento, as reservas venezuelanas chegaram a 296,5 bilhões de barris no ano passado, crescendo 40,4% em comparação a 2009. O nível das reservas da Arábia Saudita ficou em 264,5 bilhões de barris.

O governo venezuelano já havia afirmado em janeiro deste ano que havia ampliado as reservas petrolíferas no país a aproximadamente 297 bilhões de barris, mas o número ainda aguardava a confirmação da Opep, uma vez que a quantia era baseada em informações da estatal venezuelana PDVSA e das empresas transnacionais no país.

Levando em conta o mesmo critério, o Brasil era o 14º no ranking de maiores reservas comprovadas de petróleo em 2010, com um total de 12,9 bilhões de barris. O valor corresponde a um crescimento de 0,4% em relação a 2009.
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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Política: milagre em Brasília !!!

Dono da maior votação proporcional do País, José Antônio Reguffe chega à Câmara disposto a reduzir o salário dos deputados e o número de parlamentares no Congresso

Vale a pena ler as 2 reportagens que posto abaixo:

terça-feira, 12 de julho de 2011

Meio-ambiente: Dinamarqueses vão importar lixo para geração de energia

Faz tempo que falo sobre isso. O Brasil está sempre desperdiçando oportunidades, e neste caso, jogando fora muita energia, que representaria além de economia financeira e de recursos fósseis, menos poluição e barateamento de serviços. 

Os governos poderiam utilizar o biogás para alimentar as frotas de ônibus do transporte coletivo, isto iria reduzir o preço das passagens, reduzir o consumo de combustíveis fósseis, acabar com os lixões, etc.

O biogás poderia também ser utilizado para aquecimento das casas ,prédios públicos e escolas, nas regiões frias do país.

Acordem políticos e empresários brasileiros!


11/07/2011 - 08h19 - Folha de São Paulo
SABINE RIGHETTI - ENVIADA ESPECIAL A COPENHAGUE

A produção de biogás e outros produtos a partir de lixo está dando tão certo na Dinamarca que o país deve importar resíduos a partir de 2016.

Nesse ano ficará pronta uma nova usina de processamento de lixo da cooperativa Amagerforbrænding, hoje a segunda maior do país.

A ideia é comprar resíduos de países do norte e do leste da Europa, como Alemanha e Polônia, para dar conta da capacidade total da usina.

Hoje, a Dinamarca processa 100% do lixo que produz em empresas privadas e em cooperativas sem fins lucrativos (esse é o caso da Amagerforbrænding).

A população separa o lixo em casa e também leva os recicláveis até postos de troca.

"Os dinamarqueses estão bastante acostumados a trocar garrafas de plástico e latas de alumínio por moedas", disse à Folha a ministra do Clima e Energia da Dinamarca, Lykke Friis.

A Amagerforbrænding processou no ano passado cerca de 400 mil toneladas de lixo, ou 400 caminhões carregados todos os dias.



ADEUS AOS FÓSSEIS

O tratamento de lixo reduz a emissão de CO2, principal gás do aquecimento global.

Além disso, no caso da Dinamarca, o biogás produzido a partir do lixo substitui os combustíveis fósseis que seriam usados para aquecimento das casas.

De acordo com Vivi Nør Jacobsen, da cooperativa, 4 kg de lixo processados na usina equivalem a 1 l de óleo para aquecimento das casas.

"A atividade da usina está dentro da proposta do governo de acabar com o uso de combustíveis fósseis no país até 2050", explica Jacobsen.

A Amagerforbrænding também tem uma proposta de aproximar o processamento do lixo da sociedade.

A nova fábrica será em Copenhague, assim como a atual, que é de 1970 e se destaca por ser limpa e colorida.
A diferença é que a usina que será inaugurada ficará ainda mais perto do palácio real dinamarquês e funcionará como um espaço público, tendo até pista de esqui.

"Queremos mostrar que uma usina de processamento de lixo não precisa ser feia e fedida", explica Jacobsen.
No Brasil, algumas iniciativas de reciclagem funcionam bem. Por exemplo, quase todas as latinhas de alumínio são recicladas no país.

Os lixões a céu aberto continuam predominando no Brasil pelo menos até 2014.

Esse é o prazo final estipulado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada no ano passado, para que todos os lixões sejam completamente fechados.

O objetivo é ter aterros sanitários para os resíduos que não possam ser tratadas - e reaproveitar o restante.

A jornalista SABINE RIGHETTI viajou a convite do Consórcio do Clima da Dinamarca
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Meio-ambiente: Látex de flor e sílica dão vida a "pneu verde"


12/07/2011 - 07h36 - Folha de São Paulo

O pneu continua preto, mas fabricantes fazem questão de chamá-lo de verde. Além da busca por eficiência, reduzindo consumo de combustível e emissões de poluentes, fabricantes pesquisam alternativas à borracha sintética.

Cientistas da Universidade de Müster, na Alemanha, desenvolvem um látex extraído da flor dente-de-leão, que começou a ser testado em pneus da Continental.

Os bioquímicos da universidade descobriram a enzima responsável pela rápida coagulação do látex e inibiram sua ação. Isso permite que a seiva escorra livremente, possibilitando a exploração industrial.

A borracha natural do dente-de-leão reduziria o uso de petróleo, uma fonte não renovável, empregado na fabricação da borracha sintética.

Outra vantagem é que ao cultivo é mais fácil e barato que o da seringueira -- é dela que é extraída a seiva da borracha tradicional.

O dente-de-leão fica pronto para a colheita em um ano. A seringueira leva de cinco a sete anos, está sujeita a fungos e as plantações atuais têm demanda maior que a oferta.

SÍLICA

Mesmo nos pneus tradicionais, de borracha sintética, há compostos que diminuem o atrito na rolagem -- o que aumenta a vida útil do pneu e reduz consumo e emissões -- sem perder desempenho de aceleração e de frenagem.

A sílica é um deles. Antes restrita a pneus de alta performance, ela aparece cada vez mais em pneus de entrada.

Segundo Roberto Falkenstein, diretor de pesquisa e desenvolvimento da Pirelli, a família de pneus Cinturato P1 e P7 e Scorpion Verde usam até 30% de sílica. "Os pneus de corrida, por exemplo, usam apenas 8%", destaca.

A sílica permite que o pneu trabalhe com temperaturas mais baixas e sofra menos deformação ao tocar o solo. Isso faz com que o consumo de combustível caia cerca de 6%, apontam estudos da Pirelli. É o suficiente para, na vida útil do pneu (estimada em 60 mil quilômetros), economizar 3,6 pneus.

Para Falkenstein, a nova tecnologia também reduz as emissões de CO2. "O atrito do pneu é responsável por 20% das emissões de CO2 do carro. Quando reduzimos o arrasto, baixamos também as emissões de poluentes", diz.
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Agrotóxico biológico não precisa mais ter símbolo da caveira

Agrotóxico biológico não precisa mais ter símbolo da caveira

11/07/2011 - 17h30
DA AGÊNCIA BRASIL - via Folha de São Paulo

Os agrotóxicos biológicos de controle de pragas, menos agressivos à saúde humana que os defensivos químicos tradicionais, não são mais obrigados a apresentar, em embalagens e bulas, o símbolo da caveira (desenho de um crânio humano sobre dois ossos em X). A liberação foi autorizada pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

A decisão faz parte de um programa governamental de incentivo ao registro de produtos biológicos, que busca ampliar o uso de defensivos desse tipo, conhecidos tecnicamente como produtos biológicos de controle, e reduzir o prazo para avaliação dos pedidos de certificação.

A decisão, publicada no "Diário Oficial" da União, considerou as conclusões do CTA (Comitê Técnico para Assessoramento para Agrotóxicos), que reúne integrantes do Mapa, da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis).

O governo espera que, até 2015, de 7% a 10% dos agrotóxicos autorizados para venda no Brasil sejam biológicos.

Hoje, eles representam apenas 3% do segmento. Das 1.430 marcas comerciais permitidas, apenas 41 são biológicas ou semelhantes.

A lista dos agrotóxicos que tem venda autorizada no Brasil está disponível na internet.

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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Energia Nuclear: Brasil e Argentina, cooperação nuclear

Brasil e Argentina, cooperação nuclear

06/07/2011 - O Estado de São Paulo - via JC
Artigo de Antonio de Aguiar Patriota e Héctor Marcos Timerman
(ministros das Relações Exteriores do Brasil e da Argentina.)

No próximo dia 18 de julho completam-se 20 anos da assinatura, entre a República Federativa do Brasil e a República Argentina, do Acordo para o Uso Exclusivamente Pacífico da Energia Nuclear. Por meio desse acordo, a Argentina e o Brasil renunciaram conjuntamente ao desenvolvimento, à posse e ao uso das armas nucleares, afirmaram seu compromisso inequívoco com o uso exclusivamente pacífico da energia nuclear e criaram a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (Abacc), para controlar os compromissos assumidos.

Cinco meses depois, os dois países firmaram um acordo quadripartite com a Abacc e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), para a aplicação de salvaguardas abrangentes em todas as suas instalações nucleares. Esse passo transformou substancialmente o caráter de nossa relação bilateral no plano político. O tema nuclear deixou definitivamente de ser um ponto de possíveis suspeitas e se converteu num pilar central da confiança e da cooperação na relação estratégica entre os dois Estados sul-americanos, mediante um processo negociador e uma estrutura jurídica sem precedentes em nenhuma outra região.
 
A grande maioria dos países do mundo adotou os compromissos e controles internacionais em matéria nuclear ao aderir ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP). Nós iniciamos esse caminho por meio do acordo bilateral e do acordo quadripartite, para, em seguida, nos somarmos ao Tratado de Tlatelolco - que transformou a América Latina e o Caribe numa Zona Livre de Armas Nucleares - e ao TNP.

O Brasil e a Argentina estiveram também entre os primeiros países a assinar e a ratificar o Tratado para a Proibição Completa dos Testes Nucleares (CTBT). A criação da Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares representou a culminação, em termos jurídicos, de um processo de aproximação iniciado pelos então novos regimes democráticos da Argentina e do Brasil, com a Declaração Conjunta sobre Política Nuclear, de Foz de Iguaçu, em 1985. Ao mesmo tempo, constituiu o ponto de partida para a consolidação de uma relação bilateral estratégica numa área central da segurança internacional.

Na Abacc - que é uma organização independente -, as inspeções das instalações nucleares argentinas são levadas a cabo por inspetores brasileiros, e as inspeções das instalações nucleares brasileiras são conduzidas por inspetores argentinos. Essa dinâmica gerou, por si mesma, um elevado grau de confiança mútua sobre natureza pacífica dos nossos programas nucleares.

Igualmente importante é a plena confiança que a Agência Internacional de Energia Atômica tem no trabalho da Abacc. Os dois organismos atuam de forma independente, porém complementar, buscando sinergias e evitando a duplicação de esforços. É a partir dessa referência que nos temos posicionado conjuntamente ante as diferentes questões que se colocam no debate sobre os temas nucleares.

Temos muito clara a prioridade que a comunidade internacional deve atribuir ao desarmamento nuclear, entre os esforços para evitar a proliferação e construir um mundo mais pacífico e seguro, sem a ameaça das armas de destruição em massa. As recentes Declarações Conjuntas sobre Cooperação Nuclear, de 3 de agosto de 2010 e de 31 de janeiro de 2011, mostram a amplitude e a profundidade que alcançou essa relação e ratificam o compromisso da Argentina e do Brasil com um caminho conjunto.

Esses pronunciamentos presidenciais destacam o caráter singular da Abacc como mecanismo de construção da confiança mútua e internacional que assegura o controle de todas as atividades nucleares da Argentina e do Brasil, e como fundamento da cooperação bilateral em matéria nuclear. Ao mesmo tempo, decidem que a Abacc deve ser constantemente aperfeiçoada e reforçada em suas funções e seus objetivos.

Em seu 20.º aniversário, esta Abacc consolidada começou a participar, com status de observadora, das reuniões da Junta de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica, da mesma forma que nela atua, por exemplo, a agência européia - a Comunidade Europeia da Energia Atômica (Euratom ou CEEA).

Além disso, numa coincidência de caráter histórico, há menos de duas semanas o Grupo
de Supridores Nucleares (NSG, na sigla em inglês), integrado por 46 países, estabeleceu
novos requisitos para a transferência das tecnologias mais avançadas no campo nuclear e reconheceu naquele ato, numa decisão sem precedentes, a participação na Abacc como critério alternativo ao cumprimento do Protocolo Adicional da Agência Internacional de Energia Atômica.

O significado da experiência argentino-brasileira na promoção da transparência e da confiança mútua no campo nuclear foi também reconhecido em diversos documentos da
AIEA e das conferências do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. Serve, assim, de exemplo e fonte de inspiração para outras regiões do mundo, onde, infelizmente, a presença de armas nucleares e de outras armas de destruição em massa é ainda uma realidade.

Celebrar a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares é celebrar uma Argentina e um Brasil que olham para o mundo a partir de sua relação estratégica. É celebrar nossa vocação regional para a paz.
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domingo, 10 de julho de 2011

Mais um na Lei Seca: Romário tem habilitação apreendida em blitz

Depois de Aécio Neves e Índio da Costa, agora é a vez de Romário:


10/07/2011 - 13:27:54
Alfredo Junqueira/RJ, de O Estado de S.Paulo

O ex-jogador de futebol e deputado federal Romário (PSB-RJ) teve a carteira de habilitação apreendida por uma blitz da Operação Lei Seca, no início da madrugada deste domingo, 10. Ele se recusou a fazer o teste do bafômetro e teve que entregar o documentos aos fiscais da Secretaria de Estado de Governo que conduziam a operação.

Romário passava pela Avenida Armando Lombardi, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, quando foi parado pela blitz. Como não havia irregularidades na documentação de sua Land Rover, o carro não foi apreendido.

De acordo com a assessoria de imprensa do Governo do Rio, o deputado estava acompanhado de uma pessoa habilitada a dirigir e que não havia ingerido bebida alcoólica. Foi essa pessoa, que não teve a identidade revelada, que levou o carro do ex-jogador.
O parlamentar e ex-atacante do Flamengo, Vasco, Fluminense, Seleção Brasileira, além de times estrangeiros, vai responder a um processo administrativo no Departamento Estadual de Trânsito do Rio (Detran-RJ) e terá que pagar uma multa de R$ 957,70. Sua carteira de habilitação ficará retida por cinco dias.

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